PEQUENO RESUMO DA HISTÓRIA DO AQUÁRISMO

Os
primeiros peixes, surgiram há cerca de 500 milhões de anos,
este período está registrado através de fósseis encontrados.
Estes peixes primitivos não possuíam nadadeiras, maxilas ou
tão pouco escamas como os peixes atuais. Apresentavam um tipo
de coluna a qual era formada por um eixo central, era firme
porém flexível, contra a qual os músculos pressionavam para
dar impulsão ao animal.




A
partir do aparecimento das maxilas 350 milhões (período
Siluruano), e por ter os ossos duros os peixes deram bons
fósseis, e foi também o desenvolvimento evolutivo, surgindo
dai as maxilas, que houve um grande salto da espécie,
pois permitiram a partir dai a mordida e a mastigação de
alimentos grandes demais para serem engolidos inteiros. Hoje
todos os peixes, com exceção dos ciclostomados (lampreias e
feiticeiras) tem alguma forma de maxila.




Fóssil de
peixe sem mandíbulas


Este fóssil tem
cerca de 400 milhões de anos, e pertence ao Cephalaspis do grupo
dos osteotráceos extintos. Como muitos peixes primitivos não
tinham mandíbulas, mas uma boca arredondada, carnosa, como uma
ventosa. Este peixe media cerca de 10 cm de comprimento.



Um
peixe que se tornou famoso é o Celacanto, que era conhecido
através de muitos fósseis com idade de 400 milhões de anos, e
que acreditava-se extinto há 80 milhões de anos, porém em 1938,
cientistas ficaram espantados com a descoberta na África do Sul e
pasmem VIVO. Desde então foram pescados mais de cem Celacantos,
os quais foram fotografados e filmados como o da foto abaixo.


Os anos se passaram...



Quando
começaram os descobrimentos e estudos das pirâmides do Egito, os
arqueólogos encontraram vestígios de criação de peixes em
tanques de vidro, vestígios estes com data de cerca de 4.000
anos. Não se sabe até os dias de hoje, se a intenção era o
desenvolvimento, criação, ou apenas ornamentação e hobby ou se
a verdadeira intenção era gastronômica, afinal, um tanque cheio
de peixes, não deixa de ser um estoque de alimentos, ou se
realmente foram eles os primeiros aquáristas da história.




Um filósofo grego
de nome Aristóteles, que era um estudioso, que abrangia em seus
estudos diversos temas: lógica, metafísica, retórica, ciências
naturais e política. Durante um período de sua vida, se dedicou
a estudar o comportamento de diversas espécies animais entre elas
os peixes, chegou a descrever perto de 115 espécies diferentes,
dando assim início a uma nova ciência a "ICTIOLOGIA",
palavra Grega cujo significado é "Estudo dos peixes".




No século XIII,
Marco Polo, um grande viajante Italiano, deixou entre os relatos
de suas viagens, menção ao habito que os Chineses tinham
de criar lindos peixes em tanques de vidro, e também estudavam
estas espécies, ou seja, mais ou menos o que Aristóteles havia
iniciado, porém, com muito mais profundidade, tanto que por volta
de 970 a 1200, conseguiram obter em cativeiro, os primeiros
cruzamentos seletivos.




Pelos relatos de
Marco Polo, fica flagrante que os Chineses foram os primeiros
aquáristas, os mais próximos dos aquáristas de hoje. Foi
inclusive na China que teve o início a criação do peixe
dourado, sem as grandes nadadeiras que hoje os caracterizam. Mais
tarde o peixe dourado (Carassius Auratus) teve o seu processo de
seleção aperfeiçoado pelos japoneses, que contribuiu para a
grande popularidade desta espécie, tanto que teve o seu nome
popular mudado para "peixe-japones".




Abaixo,
cito fatos e datas históricas que marcaram e contribuíram para o
desenvolvimento e divulgação do aquarismo.




-
CHU SHA YU P' U - Título Chines do primeiro livro sobre técnicas
de criação de peixes ornamentais, escrito pelo Chinês
"Chang Chi'En-Tê", titulo este que traduzido quer
dizer "Livro dos peixes vermelhos"




- O
naturalista Sueco LINNEU, criou a "taxonomia" que é a
ciência das leis de classificação científica e permitiu que os
peixes fossem classificados por gênero e espécie, esta ciência
contribuiu para facilitar os estudos destes animais, o tal
"nome cientifico" que é universal, ou seja, cada
individuo descoberto será classificado e o nome dado será
imutável.




- No século XVI,
os Portugueses devido as grandes navegações, foram os
responsáveis pela popularização e divulgação do hábito de
criar peixes ornamentais em globos de vidro em toda a Europa
ocidental.




- Não podemos
deixar de citar os Norte-americanos, os quais tem um papel
fundamental no desenvolvimento do aquarismo através de pesquisas,
estudos, publicações equipamentos e técnicas.




- Em 1922, houve no
Brasil a Exposição da Independência, durante a qual os
Japoneses exibiram seus magníficos aquários e suas técnicas,
que originou o surgimento do aquarismo no Brasil, a partir deste
evento, surgiram os primeiros criadores particulares, porém sem
nenhum apoio tanto de técnicas como de equipamentos.




No ano de 1934,
finalmente um Alemão radicado no Brasil, fundou a primeira loja
especializada em peixes ornamentais. A partir dai o aquarismo no
Brasil teve uma grande evolução, tanto em técnicas, alimentos,
equipamentos, medicamentos e literatura.




Tudo começou há
4.000 anos...



Eram os faraós aquaristas? Disso não
temos certeza. Mas podemos afirmar que entre pirâmides, sarcófagos e múmias
que hoje fazem a delícia dos arqueólogos, ha indícios que os egípcios
tinham sido os primeiros humanos a ter essa idéia simples e genial:
colocar os peixe em grandes tanques de vidro. Estudiosos da astronomia e
matemática, decerto descobriram no aquarismo uma possibilidade para
relaxar a mente para melhor se concentrarem em prever a época das inundações
do Nilo, fazer projetos de pirâmides e outros assuntos mais práticos.
Por isso mesmo, criar peixes ficou, para eles, apenas o nível de
ornamentação ou, quem sabe, na área da gastronomia. Afinal, um tanque
que cheio de peixes não deixa de ser um estoque de alimento!




Era uma vez na Grécia



Um filósofo, de nome Aristóteles,
que se interessava por una variedade enorme de assuntos. Escreveu sobre lógica,
metafísica, retórica. política e ciências naturais. Passou anos e anos
de sua vida estudando a estrutura, os hábitos e crescimentos de diversos
animais. É claro que os peixes que, naquela época, circulavam pelo Egeu
não poderiam escapar à sua observação. Ele descreveu nada menos que
115 espécies diferentes! Grande pensador, iniciava assim uma nova ciência,
a ictiologia, palavra grega que significa estudo de dos peixes.




Estórias de Marco
Polo


O famoso viajante italiano conta, nos relatos
de suas viagens pelo Oriente, no século XIII, que os chineses tinham hábitos
de criarem lindos peixes em tanques de vidro. Curiosos e possuidores de
verdadeiro espírito cientifico, foram eles que, foram eles que bem depois
de Aristóteles, continuaram a estudar os peixes e conseguindo realizar os
primeiros cruzamentos seletivos, entre 970 e 1278, já era bem mais próximos
do que temos hoje. Foi lá que se desenvolveu a criação de peixes
dourados, ainda sem as enormes nadadeiras que hoje o caracterizam.
Tudo isso Marco Polo escreveu em seu livro, para surpresa do mundo
Ocidental. O que ele não ficou sabendo é que o Carassius auratus teria
seu processo de seleção aperfeiçoado, mais tarde, pelos japoneses que
levaram a fama, popularizando-o como peixe-japonês.




"Chu Sha Yu
P'U"


Você não vai precisar aprender chinês, mas,
como bom aquarísta, é importante saber que essas quatro palavrinhas são
os títulos de um livro responsável por um grande avanço na aquariofilia.
Tradução: "Livro dos Peixes Vermelhos", escrito pelo chinês
Chang Chi' En-Tê. Essa foi a primeira obra publicada sobre técnica de
criação de peixes ornamentais. Reafirmando o espírito científico já
demonstrados pelos seus antepassados, esse pesquisador quis compartilhar
com o mundo suas descobertas.